Rui Martins

Rui Martins
P.E, 2020, vídeo 1920p/1080p 60 min. 
Preço: €1 000
Uma obra de arte generativa em que cada exemplar tem uma combinação única. Este video é um loop de 60 min. A visualização pode ser iniciada em qualquer parte do video e deve ser feita, ainda que apenas parcial- mente, com um único olho. Musica de Jono Podmore 

Rui Martins
Janus, 2018, video, 1920p/1080p 00:22 min.
Preço: €400 (3 cópias)
Neste vídeo, graças a um acidente (glitch), pretende-se que o actor passe a representar Janus, o deus romano da mudança e da transição. 

Rui Martins
Engraving, 2018, vídeo 1920p/1080p 00:37 min.
Preço: €400 (3 cópias)
No datamosh, um tipo de glitch, os pixels de uma cena são arrastados pelos pixels da cena seguinte, ficando como que colados a estes. O título "Engraving" é uma associação entre esta ocorrência e o acto de gravar alguma coisa. Este título, pelo seu potencial metafórico, acaba também por influenciar a interpretação da narrativa do video.

NOTA BIOGRÁFICA
Formado em Design Visual pelo IADE. Desde os finais dos anos 90, os trabalhos repartem-se em diversos meios como o vídeo, a arte digital e a instalação. Colaboração regular com outros artistas visuais, músicos, arquitectos, curadores; enquanto artista e/ ou designer na elaboração e design de exposições.

OBRAS
com Jono Podmore
SPAMM (Super Art Modern Museum)/2020
Curador: Systaime
com Jono Podmore
The New Art Fest/Lisboa/2016, curador: António Cerveira Pinto
The Wrong Biennal 2015/2019, curators: David Quiles Guilló, Joseph Flynn, Kaspar Ravel, Systaime
Feathers Always Make People Attractive/Galeria Luís Serpa Projectos/2014, curador: António Cerveira Pinto

Mais sobre este autor

TRÊS PERGUNTAS A RUI MARTINS

ANTÓNIO CERVEIRA PINTO — enquanto artista, que significado tem a palavra arte para ti?

RUI MARTINS — A arte para mim é uma espécie de linguagem em constante mutação. Não procuramos apenas comunicar, procuramos também diferentes formas de o fazer. Acaba por ser uma forma artificiosa de transmitir uma determinada interpretação da realidade.

ACP — no rio de sensações onde toda a mercadoria, incluindo a mercadoria-informação, é embrulhada com formas que apelam aos sentidos — formas sedutoras, sensuais e inteligentes —, ainda é possível destacar uma obra de arte genuína?

RM — Há uma certa dessacralização da arte que me agrada. As imagens circulam porque as pessoas sentem empatia por elas. O autor ou é desconhecido ou passa a um plano secundário. É um pouco o oposto do que normalmente acontece nos mercados de arte.

ACP — o Instagram e as redes sociais em geral colocaram a imagem, a representação e o espelho no top do imaginário global. Forneceram a todos uma espécie de formação rápida de criatividade e arte, fazendo de cada um de nós artistas automáticos. Neste museu virtual vivo qual é, uma vez mais, o lugar da arte?

RM — "It´s pretty, but is it art?" perguntava Orson Wells no seu filme F For Fake. Se calhar não chega, mas há uma banalização da auto-representação, que não é irrelevante e que acaba, de um modo ou de outro, por ter de ser levada em conta na produção artística. Um artista que trabalhe com este tema, terá certamente uma abordagem diferente, da que teria, caso este fenómeno não existisse.

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