Mariana Dias Coutinho

Mariana Dias Coutinho
happy balance, 2019, série inner fragilities, escultura (três, esmalte acrílico, berlinde), 3 x 15 x 3,5cm
Preço: €400

Mariana Dias Coutinho
corpo-casca, 2019, escultura, alumínio, esmalte acrílico, esponja, 120 x 220 x 20 cm
Preço: €4000

Mariana Dias Coutinho
Sem título, 2017, série Empty Containers, fotografia, impressão jacto de tinta em papel fine art, 137 x 92 cm
Preço: €1500

Os materiais, como a cerâmica e o vidro, cuja delicadeza serve de metáfora para a fragilidade do corpo vivo, pretendem incluir uma consciência do papel do corpo na discussão de género. A manifestação surge no momento em que a desconstrução acontece, na medida em que é a partir desse acontecimento que (inter)rompe a norma, que se desmontam as lógicas que provocam estranheza, e onde se liberta o latente conflito interior e que dele se faz testemunho. Aqui o corpo é encarnação, é dispositivo para reflexão e análise, é testemunha de al- terações de realidades e é mediador para o pensamento sobre a femonologia do espaço e do tempo. Pensamos em “corpo-casca”, e o corpo desnuda-se no interior do espaço. Despimos a pele que nos separa a esfera privada da públi- ca, expondo tudo o que é interior, visceral, intimo. A forma geométrica cilíndrica é produzida manualmente, é leve, translúcida, maleável, quase efémera. Um cilindro, um contentor. Contentor como algo que contém, que reserva no seu interior. Separa o externo do interno, o que é exterior do interior. Trata-se de um empacotamento. Vazio. A forma é afectável. O vazio é afectável. Reage à inter- ação com outros corpos, sejam seus pares, sejam elementos estrangeiros.

Mariana Dias Coutinho (Lisboa, 1978) é uma artista multidisciplinar, co-fundadora do projecto CLARA - Center for Rural. Future, membro do conselho da Associação Project Earth, e fundadora e gerente do SP121, um espaço para estúdios de artistas em Lisboa. O seu trabalho tem abordado o corpo como um dispositivo para investigar contextos espaciais e suas diversas manifes- tações fenomenológicas, reflectindo sobre questões de limites ou fronteiras, a sua influência e a nossa afectação. O corpo como manifestação da problemática espaço público e espaço privado, suas diferentes regras e interacções, questionando o reflexo de convenções e como se projecta a individualidade de cada um.

Projetos (seleção)

“Quarto Crescente”, exposição colectiva, 2019 
“oh si cariño”, 2018
“teatro-praia”, 2017
“Empty containers”, 2017
“Androceu e Gineceu”, 2017
“Ataque ao Sol, a Custódia e o Paramento”
“Boundary Layers”, 2016
“Cachorrada”, 2016
“I’m neither here nor there”, 2016

Obra pública

“teatro-praia” (plataforma para performidades públicas), 2017
"Prometheus, Momento II", 2016
“Prometheus, Momento I", 2016



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